25 DE JULHO DE 2016
Hall do prédio anexo recebe uma mostra diferente a cada mês, abrindo espaço tanto para nomes consagrados das artes quanto para jovens talentos da cidade.
Crianças da Escola Municipal "Antonio Boldrin" em uma das exposições que protagonizaram
Com exposições que atraem, a cada mês, um público médio de 340 pessoas, o hall do prédio anexo da Câmara completa quatro anos, agora em agosto, consolidado como um dos principais espaços para a divulgação da produção artística de Piracicaba. Inaugurado em 2012, o local, que passou a contar com recursos multimídia em janeiro de 2013, já recebeu obras de nomes consagrados, como o cartunista Jaguar, e de jovens talentos da cidade.
Num cálculo que considera as 20 últimas exposições realizadas no hall, 6.800 pessoas passaram pelo local. Entre os visitantes cativos, está a Escola Municipal "Antonio Boldrin", que desenvolve, desde 2015, um projeto que estimula as crianças matriculadas na unidade a ocuparem espaços públicos. Desde então, a garotada, todos na faixa etária de 3 a 6 anos, já visitou quatro mostras e, inclusive, protagonizou as exibições que ficaram em cartaz em outubro de 2015 e junho deste ano.
"Começamos com um projeto de ocupação de espaços públicos por crianças pequenas, e a Câmara foi um dos lugares que elegemos para frequentar, sistematicamente falando. Fizemos um projeto para ir ao hall, com uma imersão das crianças nos espaços da Câmara, e fomos a várias exposições", conta Fernanda Ferreira de Oliveira, professora de educação infantil da escola localizada no Parque Orlanda.
A educadora enaltece um das características que tornam as mostras do Poder Legislativo municipal um passeio altamente recomendado para as crianças: o acolhimento. "Sempre fomos muito bem recebidos. Não podemos ter o pensamento de que é fácil acolher crianças pequenas. É diferente de adultos ou adolescentes, é um outro processo", comenta Fernanda, que, nas exposições promovidas pela "Antonio Boldrin", dividiu a curadoria com Fábio Bragança, diretor do Departamento de Documentação e Arquivo da Câmara.
O historiador, que é o responsável pela organização da maioria das mostras que se instalam no hall, comemora a inserção da Câmara no circuito cultural da cidade. "Avalio que, após quatro anos, o espaço passou por um amadurecimento dentro do processo de realizar exposições, que é muito mais do que colocar obras de arte para visitação", analisa Bragança.
"Hoje, esse espaço está consolidado como mais um aparelho de cultura da cidade, pois a Câmara também tem esse papel, de abrir espaço e incentivar a cultura, visto que nosso primeiro prêmio de aquisição de obras de arte foi criado em 1976, pela lei número 354", recorda o historiador ––por sinal, a exposição de "inauguração" do hall, em agosto de 2012, reuniu justamente parte dessa coleção.
Bragança destaca ainda a iniciativa de levar as mostras originalmente instaladas na Câmara a outros lugares com a finalidade de alcançar diferentes públicos. Um exemplo foi a exposição itinerante "Conhecendo Almeida Junior", que passou por 17 escolas da rede municipal e atraiu 5 mil pessoas entre 2014 e 2015.