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13 DE AGOSTO DE 2018

Câmara realiza solenidade da Mulher Negra, Latinoamericana e Caribenha


Cerimônia, a partir das 19h30 desta terça-feira, homenageará dez mulheres.



EM PIRACICABA (SP)  

Foto: Fabrice Desmonts - MTB 22.946 Salvar imagem em alta resolução

Solenidade promovida por Nancy Thame tem início a partir das 19h30



A solenidade pelo "Dia Internacional da Mulher Negra, Latinoamericana e Caribenha" homenageará dez pessoas com reconhecida atuação na sociedade. Promovida pela vereadora Nancy Thame (PSDB), a cerimônia, a partir das 19h30 desta terça-feira (14), será realizada no salão nobre da Câmara.

Serão homenageadas Ana Luiza Ferraz de Arruda, Elaine Teotônio, Laura Alice Carioca Theodoro, Maria de Fátima Félix de Camargo, Marilza Garcia, Mayra Kristina de Camargo, Olga de Andrade Raphael, Silvana Veríssimo e Vilma Rodrigues dos Santos.

Reconhecimento também será prestado, em memória, a Eva Iltez Aparecida Luiz Camargo, funcionária pública com vasta contribuição ao município e que, falecida em 2013, hoje dá nome ao prédio do Centro de Documentação, Cultura e Política Negra de Piracicaba.

A cerimônia terá transmissão da TV Câmara pelos canais 60.4 em sinal digital, 8 da Net e 9 da Vivo TV, pelos perfis no Facebook e no Youtube e pelo site camarapiracicaba.sp.gov.br.

CONFIRA O PERFIL DAS HOMENAGEADAS

Ana Luiza Ferraz de Arruda: Piracicabana ativa e reconhecida pelos trabalhos comunitários, foi agente de pastoral da Saúde, presidente da comissão de mulheres da Vila Verde e coordenadora do setor dos profetas da Paróquia Imaculado Coração de Maria. Também é ministra e catequista. Ajudou a difundir o samba de lenço em Piracicaba.

Elaine Teotônio: Paulistana radicada em Piracicaba, começou a cantar aos 13 anos, na Capela São José Operário, no Parque 1º de Maio. Somente quatro anos depois é que fez as primeiras apresentações ao grande público, com o Grupo Akanny (Grupo Institucional e Educacional da Cultura Negra). Ministrou aulas de canto, teatro, dança e percussão e também teve a chance de participar de bandas de bailes. Trabalhou em igrejas e centros comunitários, ministrou aulas e desenvolveu o Projeto AfroPira, de resgate do orgulho e da valorização da população negra de Piracicaba. Coordena atualmente um coletivo que tem se organizado para desenvolver trabalhos o ano todo.

Laura Alice Carioca Theodoro: Piracicabana, é guarda civil há 26 anos. É bacharel e licenciada em educação física pela Unimep. Atua como professora de zumba e desenvolve diversos trabalhos voluntários junto à sua comunidade religiosa e em vários projetos sociais, sempre visando à melhoria da qualidade de vida das pessoas.

Maria de Fátima Félix de Camargo: Dona Tuta, como é conhecida, é piracicabana e atua há 18 anos na pastoral da Criança na Vila África. É exemplo do projeto da região oeste ResPira, um braço do ResPira (Rede de Economia Solidária Piracicaba).

Marilza Garcia: Paulistana, mora em Piracicaba desde a década de 1980. É formada em pedagogia pela Unicamp e em sociologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Atuou durante oito anos no Programa de Atendimento às Crianças de Creche Comunitária da Secretaria de Desenvolvimento Social do Rio de Janeiro. Durante 28 anos foi funcionária pública federal no INSS. Atualmente é professora da rede municipal de ensino de Piracicaba e trabalha na Escola Municipal João Otávio de Melo Ferraciú, em Santa Teresinha, onde desenvolve o projeto Cultura Afro, de respeito às identidades, aos gêneros e às diversas etnias. Integra o Conepir.

Mayra Kristina de Camargo: Piracicabana, é funcionária pública municipal há 22 anos na educação infantil. É Promotora Legal Popular e faz parte dos coletivos Marias de Lutas, Cidade que Queremos, Frente das Culturas de Piracicaba, Ocupe o Largo e MobCidade. Atua no Conselho Municipal da Mulher, é voluntária da Casa do Hip Hop e integra os grupos de batuque de umbigada Casa de Batuqueiro e Samba de Lenço. É uma das organizadoras do Festival Curau, do Encontro Beleza Preta e do Encontro Nacional de Mulheres Negras. É agente cultural do Santa Fé, onde foi criado o CineBarranco, em 2013. Integra o ResPira (Rede de Economia Solidária Piracicaba), projeto da região oeste que incentiva as pessoas locais, em sua maioria mulheres negras, a se organizarem e se empoderarem enquanto produtoras.

Olga de Andrade Raphael: Piracicabana, trabalhou na Boyes, na Santa Casa e por 22 anos foi funcionária da Prefeitura. Faz parte da Irmandade de São Benedito, no coral e na secretaria da igreja. Desde 1957 pertence à Irmandade Feminina das Filhas de Maria da Igreja de São Benedito. É uma das mais antigas integrantes do Conepir.

Silvana Veríssimo: Piracicabana, é graduada em biologia, tecnologia em gestão e saneamento ambiental e tecnologia em recursos humanos. Fez pós-graduação em saneamento ambiental pela Universidade de Havana, em Cuba. É ativista do movimento de mulheres negras desde a adolescência. Integra o Conselho Nacional dos Direitos das Mulheres, o Fórum Nacional de Mulheres Negras e a Rede Nacional de Mulheres Negras no Combate a Violência, entre outras entidades. De 2010 a 2016, coordenou projetos nacionais como o Afro Mulher, de elevação da autoestima das mulheres negras; Ewó, de prevenção de drogadição nas comunidades de terreiros; e Vozes Negras Femininas, de combate à violência contra jovens e mulheres negras. Atualmente coordena o Promotoras Legais de Piracicaba e integra a Coalizão de Mulheres Negras da América Latina.

Vilma Rodrigues dos Santos: Nascida em Santa Bárbara D'Oeste, mora em Piracicaba há 50 anos. Trabalhou como balconista, doméstica, faxineira e monitora da creche São Vicente de Paula e professora de educação infantil da Prefeitura. Atua ativamente nas equipes de festas, música, leitores, encontro de casais com Cristo, catequese e pastoral Afro.

Eva Iltez Aparecida Luiz Camargo: Foi funcionária pública por mais de 20 anos, iniciando a carreira no serviço público municipal em 1986 como monitora de centro educacional e creche. Chegou a representante dos servidores públicos municipais junto ao sindicato da categoria. Foi presidente, por três mandatos, do Centro de Documentação, Cultura e Política Negra. Foi colaboradora na Biblioteca Municipal, no Teatro Municipal Dr. Losso Neto, no Engenho Central e na Casa do Povoador. Morreu em 2013. Seu nome hoje batiza o prédio do Centro de Documentação, Cultura e Política Negra.



Texto:  Ricardo Vasques - MTB 49.918


Legislativo Nancy Thame

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