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27 DE AGOSTO DE 2013

Câmara de Portas Fechadas (1930 - 1948)


Getúlio Vargas dissolveu o Congresso Nacional, as Assembléias Legislativas Estaduais e as Câmaras Municipais



EM PIRACICABA (SP)  

Getúlio Vargas

Getúlio Vargas

Getúlio Vargas ao Centro

Getúlio Vargas ao Centro

Trecho da Rua Boa Morte com a Praça José Bonifácio, década de 1930 | Arquivo Histórico da Câmara de Vereadores

Trecho da Rua Boa Morte com a Praça José Bonifácio, década de 1930 | Arquivo Histórico da Câmara de Vereadores
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Trecho da Rua Boa Morte com a Praça José Bonifácio, década de 1930 | Arquivo Histórico da Câmara de Vereadores



O momento mais dramático na história da Câmara Municipal de Piracicaba, assim como nas demais Câmaras do país, foi registrado em na década de 1930, quando Getúlio Vargas assume o poder, iniciando a Era Vargas com o Governo Provisório (1930-34).

O golpe que implantou o novo regime determinou a dissolução do Congresso Nacional, das Assembléias Legislativas Estaduais e das Câmaras Municipais, sob o pretexto de fazer uma "depuração" dos políticos que controlavam o poder. O exército apoiava as ações de Vargas e a sensação era comum: só um governo forte seria capaz de fazer o país progredir.

 

Assim, a Câmara Municipal de Piracicaba retornou suas atividades em 1948, após a redemocratização do país e a reabertura do poder legislativo com as eleições municipais. A Câmara inicia suas atividades instalando-se em novo endereço; em um humilde prédio, anexo ao da Prefeitura de Piracicaba, localizado na rua Alferes José Caetano, num ponto entre as ruas São José e Prudente de Moraes; com funções exclusivamente legislativas com duração de quatro anos. Neste ano, tal prédio abriu as portas para receber o Prefeito Luiz Dias Gonzaga e os trinta e um Vereadores.

A posse da nova vereação foi um momento especial para a comunidade piracicabana e para o país em geral, pois a retomada do regime democrático atraiu grande número de populares, políticos, autoridades e imprensa. Foi assim, sob a tutela de um clima de euforia que os trinta e um vereadores adentraram o salão (provisório, diga-se de passagem) e se dirigiram para a mesa formada em ferradura para tomar assento no lugar que o voto popular lhe havia entregue para reger, juntamente com o Prefeito Luiz Dias Gonzaga e o vice-prefeito Benedito Rodrigues de Moraes, os destinos do Município piracicabano, para a legislatura 1948, 49, 50 e 51: Antônio Cera Sobrinho, Antônio Keller, Emílio Sebe, João Basílio, Domingos Cassano, Samuel de Castro Neves, João Babtista Vizioli, Noedy Krähenbühl Costa, Américo Freitas e Silva, Antônio Fidelis, Aldo Furlan, Acary de Oliveira Mendes, Aristides Giusti, Waldomiro Perisinotto, Haldumont de Campos Ferraz, Antônio Lico, Érico da Rocha Nobre, Aldrovandro Fleury Pires Corrêa, Pedro Krähenbühl, Benedito Glicério Teixeira, Antônio Aggio, Romeu Ítalo Rípoli, Romeu Buldrini de Barros, Arthur Paulo Furlan, José Colombo Garboggini, Josué Blumer, Francisco Antônio Cesta Netto, Guerrino Oriani, Guilherme Vitti, Militão Prates Ferreira e Dovílio Ometto.


Estes grandes homens reiniciaram o período de redemocratização e a volta do poder Legislativo em Piracicaba. Muitos deles presentes até hoje, a exemplo, de nosso grande historiador Guilherme Vitti.



Texto:  Fábio Bragança


História

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